A cooperativa de educação ambiental Ntumbuluku realiza, hoje, 14 de Novembro, uma campanha de limpeza na Catembe, do outro lado da baia de Maputo.
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Antório Pereira, um dos membros fundadores da cooperativa, disse à VOA que a campanha insere-se nas “operações caco”, cuja finalidade é educar a população a viver num ambiente limpo e saudável.
Pereira disse que a “Ntumbuluku” quer ajudar as pessoas a mudar de postura em relação ao tratamento do lixo.
Neste momento, em Maputo as pessoas apresentam-se com “valores perdidos, abandonaram todos as preocupações de manter as coisas limpas (…) e o mais absurdo é que logo a seguir vão à mesma praia onde atiraram garrafas”.
Com as operações Caco, a Ntumbuluku quer ajudar a mudar o cenário. As campanhas usam as redes sociais, anúncios em vídeo e camisetes para mobilizar participantes e transmitir mensagens.
Pereira alerta para o risco que os cacos representam. “O caco é o pequeno vidro partido, que normalmente nas operações de limpeza fica esquecido”, mas é o que “faz mais vítimas”.
Tendo como mentor o ambientalista Carlos Serra Jr., a cooperativa Ntumbuluku foi criada há sensivelmente um ano. Tem sete membros, todos voluntários.
Neste curto período de existência, a cooperativa já realizou campanhas educativas na Praia da Costa do Sol, Miradouro, Xai-Xai e no bairro da Mafalala, movimentando pelo menos cinco mil pessoas.
A N´tumbuluku tem recebido solicitações de outras provincias para realizar actvidades similares.
Optimismo reina entre os membros da Ntumbululu. “Esperamos ajudar a mudar o comportamento”, disse Pereira.
É também animador o facto de as autoridades, sob a liderança do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, terem iniciado a aplicação de medidas para os que deitam o lixo nas vias públicas.
Quem for encontrado a deitar lixo em lugar não apropriado será multado em dois mil meticais, o equivalente a 50 dólares americanos, quase metade do salário mínimo.
Pereira acredita que “essa pessoa na semana seguinte não terá grande vontade de voltar a deitar lixo no chão.”