Qin Gang, que até há pouco tempo era embaixador nos Estados Unidos, visitará a Etiópia, Gabão, Angola, Benim e Egipto a partir desta terça-feira 9 e até 16 de Janeiro, disse o porta-voz Wang Wenbin numa conferência de imprensa.
No Egipto, Qin irá também encontrar-se com o secretário-geral da Liga Árabe.
O novo ministro dos Negócios Estrangeiros está a seguir os passos dos seus antecessores, que durante mais de três décadas começaram cada ano com uma viagem a África.
"Isto mostra que a China atribui grande importância à amizade tradicional com África e ao desenvolvimento das relações China-África", disse Wang.
Os EUA estão a lutar contra a China por influência em África, com o Presidente Joe Biden a fazer um apelo aos líderes africanos numa cimeira em Washington, em Dezembro.
A China tornou-se um importante parceiro comercial com o continente e investidor em infra-estruturas e projectos mineiros.
O Instituto internacional do Reino Unido Chatham House revelou que Angola é o país africano que mais se endividou com a China nos últimos 20 anos, em mais de 40 mil milhões de dólares.
Qin, 56 anos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros a 30 de Dezembro. Sucedeu a Wang Yi, 69 anos, que substituiu Yang Jiechi como o principal funcionário do governo em matéria de política externa.
O novo cargo de Wang não foi anunciado, mas um recente artigo seu no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros descreveu-o como director do Gabinete de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista, no poder, o cargo que Yang detinha.