Nove meses após ter sido preso, activista José Mateus Zecamutchima vai a julgamento

José Mateus Zecamutchima, presidente do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe

Líder do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe é acusado de associação de malfeitores e promoção de manifestação violenta na sequência dos confrontos em Cafunfo

O Tribunal Provincial da Lunda Norte, em Angola, notificou os advogados de defesa do líder do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, do despacho de pronúncia contra o activista, detido desde 9 de Fevereiro.

O julgamento “pode começar a qualquer momento”, revela o advogado de Zecamutchima, acusado de associação de malfeitores e promoção de manifestação violenta.

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Nove meses após ter sido preso Zecamutchima vai a julgamento - 1:40

Freire diz que o seu constituinte continua detido em Luanda, mas que ele pode ser transferido a qualquer momento para enfrentar o julgamento na província da Lunda Norte.

“O processo está a decorrer na Lunda Norte e é lá onde há de ser julgado”, afirma Freire que diz ser preocupante a saúde do activista.

"O estado de saúde dele continua precário, ele é um indivíduo que sofre de hipertensão, já levamos alguns medicamentos e fez algumas consultas lá mesmo, mas a situação continua precária”, acrescenta Salvador Freire

O líder do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, foi detido a 9 de Fevereiro e, como realça o seu advogado, “todos os prazos de prisão preventiva estão vencidos”.

A detenção de Zecamutchima resulta dos confrontos registados na vila mineira de Cafunfo, município do Cuango, a 30 de Janeiro, provocaram a morte de seis indivíduos, segundo as autoridades, e mais de 30 de acordo com dados da oposição e de activistas.