A Noruega, conhecida como tendo o modelo mais transparente e participativo na gestão de recursos naturais, recomenda que Moçambique crie dois fundos soberanos - um para a poupança e outro de estabilização.
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Economistas dizem que se os mesmos forem bem geridos podem contribuir para um desenvolvimento social mais diversificado.
De acordo com a recomendação norueguesa, feita durante a apresentação do relatório global 2018 sobre o desenvolvimento humano, Moçambique deve garantir que os rendimentos provenientes dos recursos minerais impulsionem o desenvolvumento de outros sectores de actividade.
Para alguns analistas, "Isso é fundamental para potenciar a economia moçambicana e evitar que o facto de o país possuir muitos recursos naturais seja uma maldição, como acontece com outros países, sobretudo africanos".
O fundo soberano serviria para diminuir os efeitos negativos do mercado internacional sobre Moçambique, fazer uma maior estabilização da taxa de câmbio e dar uma maior segurança e cobertura à economia.
O Executivo, na voz do Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela diz que o assunto é pacífico.
Nos últimos cinco anos, Moçambique descobriu reservas estimadas em cerca de 170 trilhões de pés cúbicos de gás natural, nas áreas Um e Quatro da bacia do Rovuma, norte do país.
Até 2050, o país poderá arrecadar mais de 195 mil milhões de dólares em receitas fiscais, resultantes da exploração de hidrocarbonetos.