O activista Nito Alves, detido na Cadeia de Viana, passou mal nesta sexta-feira, 25, mas não foi levado ao Estabelecimento Prisional de São Paulo para tratamento por falta de escolta.
Logo de manhã, ele dirigiu-se aos responsáveis da cadeia, onde cumpre pena de seis meses, com vómitos, dores internas e febre, disse à VOA uma fonte próxima de Alves que suspeita de poder estar com febre amarela.
Sem atendimento médico na Cadeia de Viana, as autoridades prisionais não conseguiram enviar o activista para tratamento no Estabelecimento Prisional de São Paulo por falta de escolta, em virtude do feriado de Sexta-feira Santa.
Até o momento, desconhece-se se Nito Alves poderá ser atendido por algum médico.
Quem também se encontra muito debilitado é Nuno Álvaro Dala, em greve de fome há 15 dias no Estabelecimento Prisional de São Paulo.
Dala apenas ingere líquido e está a ser acompanhado por um médico e psicólogos dos Serviços Prisionais angolanos.
Ele diz que voltará a comer apenas depois de as autoridades lhe devolverem os seus pertences (dinheiro, carteira, cartões do banco) apreendidos a 20 de Junho quando ele foi detido.
Nito Alves e Nuno Álvaro Dala integram o grupo dos 17 activistas que estão a ser julgados pelo crime de rebelião, golpe de Estado e associação de malfeitores e cuja sentença será lida na segunda-feira, 28, no Tribunal Provincial de Luanda.
Vigília a favor de Dala
Entretanto, as escadarias da Igreja Sagrada Família em Luanda acolhem sexta, sábado e domingo vigílias "Em solidariedade a Nuno Dala".
Com estes actos, activistas e amigos de Dala querem denunciar o caso e pedir a intervenção das autoridades para evitar o pior.