O activista e Nito Alves, condenado a seis meses de prisão efectiva pela 14a secção do Tribunal Provincial de Luanda, no Benfica, diz ter sido agredido física e verbalmente pelos agentes dos serviços prisionais na comarca de Viana nesta quinta-feira.
Citado por companheiros do processo e familiares, Alves afirmou ter sido agredido com murros e pontapés por sete polícias, depois de ter-se negado a deixar a comida e o seu bloco de notas na cela, antes de seguir para o tribunal nesta quinta-feira.
"Por volta das 10 horas, quando me foram buscar, por simplesmente querer trazer ao tribunal a minha comida e a água, cerca de sete agentes começaram a dar-me socos, empurrar e a ofender. Não me permitiram mesmo trazer", contou Nito Alves.
O activista garantiu aos colegas que não irá comer ao regressar ao estabelecimento "por razões de segurança".
Nito Alves, que está a ser julgado no caso dos 17 activistas, foi condenado sumariamente na segunda-feira a seis meses de prisão efectiva por injúria, depois de ter dito em voz alta “não temo pela minha vida e este julgamento é uma palhaçada",
Na altura, o pai Fernando Baptista está a depor como declarante no tribunal.