O presidente eleito no V Congresso da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), o académico Nimi a Simbi, garante ter como missão a reconciliação dos “irmãos” desavindos há mais de 20 anos.
Entretanto, renomados militantes daquele partido considerado “histórico” divergem-se sobre a esperança de uma possível reconciliação após o congresso que elegeu o antigo secretário geral da ala de Ngola Kabango, no passado domingo,19.
Your browser doesn’t support HTML5
Reconciliar todos os membros, reorganizar as bases, conquistar o espaço perdido e trabalhar para conquistar bons resultados nas próximas eleições são os grandes desafios ao que o recém eleito presidente da FNLA se propõe.
Como ponto de partida, Nimi a Simbi diz que o reconhecimento dos resultados por Lucas Ngonda, presidente cessante e muito criticado por várias alas, é o mais importante, e o presidente eleito conta com a sua colaboração.
“O dr. Lucas Ngonda já reconheceu e isso é o mais importantes, agora é preciso mantê-lo nas estruturas do partido”, sublinha.
Entretanto, Miguel Pinto, um conhecido militante da FNLA, mostra-se contra a realização do V congresso e recusa participar na chamada reconciliação dos irmãos.
“Eu, enquanto o tribunal não decidir, não aceito a indicação de Nimi a Simbi”, alerta.
Quem juntou-se à reconciliação foi o professor Carlinho Zasssala que mostra-se satisfeito com o passo dado no último congresso.
“Eu acompanhei todo o processo, parabenizei o professor Nimi a Simbi e lhe disse que desta vez a FNLA vai ter um novo rosto e já estou a conversar com ele”, acrescentou aquele académico.
Ante este cenário,Nimi a Simbi propõe-se a dialogar com todos.
“Conciliar passa por dialogar é preciso conversar com todos, é difícil mais é possível”, assegura.
A FNLA realizou o seu congresso nos dias 17 a 19, depois de muitos adiamentos e recursos ao tribunal.