Golfo da Guiné tornou-se num novo polo crescente de pirataria no mundo, mas as operações dos seus actores é de fácil controlo, defende o Bureau Marítimo Internacional
O Bureau Marítimo Internacional anunciou que devido ao recrudescer da pirataria no passado, o Golfo da Guiné tornou-se em região mundial mais perigosa, com actos de pirataria quase que a triplicar ao largo da Nigéria.
O negócio de pirataria na costa da Nigéria está em crescendo e o Bureau Marítimo Internacional recenseou 27 ataques no ano passado comparados aos 10 registados no ano anterior.
Os mares da Africa Ocidental fazem agora parte dos mais perigosos do mundo, a seguir a Somália que apesar da redução drástica de pirataria em cerca de 70 por cento no ano passado.
O Director do Bureau Maritimo Internacional Pottengal Mukundan diz que os ataques nos mares da Africa Ocidental são muito diferentes em relação dos que ocorrem na costa da Somália. Na Somália as pessoas são retidas como reféns para pagamento de resgates, diz ele. Na África Ocidental, tudo anda a volta de produtos que os barcos transportam.
“O mais sério desses casos são aqueles em que os barcos petroleiros são capturados para serem roubados partes do seu carregamento. E essa operação leva cerca de 7 a 10 dias, depois a embarcação e a respectiva tripulação são libertadas. E para roubar os carregamentos, os piratas capturam os barcos e conduzem-nos a um local pré-determinado onde um outro, de menor dimensão se encontra a espera e o produto é transferido de um barco para o outro.”
Mukandan diz que isto não quer dizer que a pirataria na África Ocidental é segura, ou seja que não existe perigo, uma vez que os barcos são assaltados por homens armados e no ano passado duas pessoas morreram nesses ataques. Mas considera que as autoridades dos países da região podem parar com esses tipos de ataques sem por em causa as tripulações.
“A localização desses barcos pode ser determinada sem muita dificuldade através de vigilância aérea, por exemplo. E a partir dai a marinha ou forças policiais podem ir capturar os piratas assim que libertem os barcos e as tripulações sem riscos para os reféns.”
A marinha nigeriana capturou alguns gangs de piratas e é a única força de policiamento a operar no Golfo da Guiné. Outros Estados da região não dispõem de capacidades e equipamentos para lutar contra piratas em situações de ataques no alto mar.
O Bureau Maritimo Internacional acusa a falta de meios navais no na região, mas na Nigéria algumas vozes afirmam que o crescente descontentamento na região petrolífera do Delta do Níger é também uma das causas desse problema de pirataria. Jackson Timiyan chefia uma organização junvenil nigeriana com forte implantação no Delta do Níger.
“A primeira causa da pirataria marítima é o desemprego. A maioria dos que nela participam, fazem-na porque o único meio do qual podem sobreviver.”
A maioria dos 31 milhões de habitantes do Delta do Níger vive com menos de um dólar por dia, e as revoltas na região têm ganho adesão popular em partes por causa do fim da amnistia governamental à dezenas de milhares de membros de milícias que no passado reivindicavam mais atenção e investimentos do governo federal.
O negócio de pirataria na costa da Nigéria está em crescendo e o Bureau Marítimo Internacional recenseou 27 ataques no ano passado comparados aos 10 registados no ano anterior.
Os mares da Africa Ocidental fazem agora parte dos mais perigosos do mundo, a seguir a Somália que apesar da redução drástica de pirataria em cerca de 70 por cento no ano passado.
O Director do Bureau Maritimo Internacional Pottengal Mukundan diz que os ataques nos mares da Africa Ocidental são muito diferentes em relação dos que ocorrem na costa da Somália. Na Somália as pessoas são retidas como reféns para pagamento de resgates, diz ele. Na África Ocidental, tudo anda a volta de produtos que os barcos transportam.
“O mais sério desses casos são aqueles em que os barcos petroleiros são capturados para serem roubados partes do seu carregamento. E essa operação leva cerca de 7 a 10 dias, depois a embarcação e a respectiva tripulação são libertadas. E para roubar os carregamentos, os piratas capturam os barcos e conduzem-nos a um local pré-determinado onde um outro, de menor dimensão se encontra a espera e o produto é transferido de um barco para o outro.”
Mukandan diz que isto não quer dizer que a pirataria na África Ocidental é segura, ou seja que não existe perigo, uma vez que os barcos são assaltados por homens armados e no ano passado duas pessoas morreram nesses ataques. Mas considera que as autoridades dos países da região podem parar com esses tipos de ataques sem por em causa as tripulações.
“A localização desses barcos pode ser determinada sem muita dificuldade através de vigilância aérea, por exemplo. E a partir dai a marinha ou forças policiais podem ir capturar os piratas assim que libertem os barcos e as tripulações sem riscos para os reféns.”
A marinha nigeriana capturou alguns gangs de piratas e é a única força de policiamento a operar no Golfo da Guiné. Outros Estados da região não dispõem de capacidades e equipamentos para lutar contra piratas em situações de ataques no alto mar.
O Bureau Maritimo Internacional acusa a falta de meios navais no na região, mas na Nigéria algumas vozes afirmam que o crescente descontentamento na região petrolífera do Delta do Níger é também uma das causas desse problema de pirataria. Jackson Timiyan chefia uma organização junvenil nigeriana com forte implantação no Delta do Níger.
“A primeira causa da pirataria marítima é o desemprego. A maioria dos que nela participam, fazem-na porque o único meio do qual podem sobreviver.”
A maioria dos 31 milhões de habitantes do Delta do Níger vive com menos de um dólar por dia, e as revoltas na região têm ganho adesão popular em partes por causa do fim da amnistia governamental à dezenas de milhares de membros de milícias que no passado reivindicavam mais atenção e investimentos do governo federal.