Nicolás Maduro corta relações com os Estados Unidos

Nicolás Maduro fala à nação

Presidente dá aos diplomatas americanos três dias para deixar o país

O Presidente da Venezuela anunciou nesta quarta-feira, 23, o corte das relações com os Estados Unidos e deu 72 horas aos diplomatas americanos para deixar o país.

"Temos denunciado o Governo imperialista dos Estados Unidos, que dirige uma operação para impor um golpe de Estado na Venezuela. Pretende eleger e designar o Presidente da Venezuela por vias não constitucionais", acusou Maduro.

O discurso do Presidente venezuelano surge depois de Donald Trump ter dito “reconhecer oficialmente” o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, momentos depois de se ter declarado Presidente interino.

Na sua intervenção, Nicolás Maduro questionou a legitimidade do acto de Juan Guaidó.

"Estamos aqui pelo voto do povo. Só as pessoas colocam e só as pessoas removem", disse ainda Maduro, que acusou a oposição de tentar um golpe.

"Pode um 'qualquer' se declarar presidente ou é o povo que elege o presidente?", questionou, acrescentando “somos alegria, somos o povo de Hugo Chávez”.

Donald Trump reconhece Juan Guaidó Presidente interino da Venezuela

"Aqui não se rende ninguém, aqui não foge ninguém. Aqui vamos à carga. Aqui vamos ao combate. E aqui vamos à vitória da paz, da vida, da democracia", sublinhou Maduro, afirmando também que os órgãos de Justiça devem se apegar às leis contra Guaidó.

Ele ainda apelou às Forças Armadas por lealdade e disciplina: "Leais sempre, traidores nunca".

Reacções

O dia de hoje foi marcado por protestos gigantescos em Caracas.

As autoridades norte-americanas, no entanto, não reconheceram a declaração de Maduro de cortar as relações.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que não acredita que o Governo de Maduro "tenha autoridade legal para quebrar relações" com os Estados Unidos.

Juan Guaidó chegou a enviar um pedido às embaixadas para que os funcionários não deixassem o país e afirmou que manterá relações diplomáticas com todos os países.

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Venezuela, contra e a favor de Maduro e um presidente interino