O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reivindicou hoje vitória no ataque de centenas de misseis e drones do Irão numa escalada acentuada do conflito no Médio Oriente.
Os ataques de Teerão na noite de sábado, lançados após um ataque aéreo a um complexo da embaixada iraniana na capital síria Damasco, a 1 de abril, que matou oficiais da elite do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, aumentaram a ameaça de um conflito regional mais amplo.
“Interceptamos, repelimos, juntos venceremos”, postou Netanyahu no X.
Os militares israelitas disseram que as forças armadas abateram mais de 99% dos drones e mísseis iranianos e estão a discutir opções de resposta
O Canal 12 de TV de Israel citou uma autoridade israelita não identificada dizendo que haverá uma “resposta significativa” ao ataque.
Antes de uma reunião do gabinete de guerra de Israel, o ministro da defesa Benny Gantz alertou que Israel retaliará na altura certa.
"Construiremos uma coligação regional e cobraremos o preço ao Irão da forma e no momento certo para nós", disse Gantz num comunicado.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse no programa Meet the Press da NBC que repelir o ataque em massa de drones foi uma "conquista militar incrível" de Israel e seus parceiros e mostrou como Israel não está isolado no cenário mundial.
"Agora, se e como os israelitas responderão, isso dependerá deles. Nós entendemos isso e respeitamos isso. Mas o presidente tem sido muito claro: não buscamos uma guerra com o Irão", disse Kirby.
Kirby, disse hoje ainda ao programa "This Week" da ABC que os Estados Unidos continuarão a ajudar Israel a se defender, mas não querem a guerra com o Irãp.
“Não buscamos o aumento das tensões na região. Não buscamos um conflito mais amplo”, disse Kirby.
O presidente Joe Biden disse ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos não participariam de nenhuma contra-ofensiva israelita contra o Irão, de acordo com notícias de domingo da cadeia de televisão CNN e do diárioWall Street Journal.
Falando com Netanyahu na noite de sábado, Biden sugeriu que mais respostas eram desnecessárias, e altos funcionários dos EUA disseram aos seus homólogos que os Estados Unidos não participariam de uma resposta ofensiva contra o Irão.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse no domingo que o Irão lançou mais de 300 drones e misseis contra Israel, incluindo lançamentos do Iémen e do Iraque, com 99% interceptados pelas defesas aéreas israelita fora do seus espaço aéreo.
Os mísseis e drones foram itnerceptados pelas defesas israelitacom a participação de meios dos Estados Unids, Grâ bretanha e Jordânia
O Irão instou Israel a não retaliar pelos ataques.
“O assunto pode ser considerado concluído”, disse a missão do Irão nas Nações Unidas numa publicação na plataforma de redes sociais X.
“No entanto, se o regime israelita cometer outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa”, afirmou a missão.
Os líderes dos principais países industrializados do G7 realizarão uma videoconferência hoje para discutir os ataques do Irão a Israel.
A sessão foi convocada pela Itália, que detém a presidência rotativa do grupo, cujos membros também incluem Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Canadá.
O Conselho de Segurança da ONU deverá reunir ainda hoje a pedido de Israel