Netanyahu disse que seu Governo “desferiu golpes esmagadores em todos os nossos inimigos”

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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, fala no Congresso dos Estados Unidos, Washington, Washington, 24 julho 2024

Primeiro-ministro israelita não se referiu à morte do líder do Hamas, mas avisou que dias difíceis virão

O primeiro-ministro de Israel Israel disse que o seu Governo “desferiu golpes esmagadores em todos os nossos inimigos” e alertou aos cidadãos que dias desafiadores virão, num discurso transmitido pela televisão nesta quarta-feira, 31.

Benjamin Netanyahu, que falou horas depois do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assassinado em casa em Teerão, não fez qualquer referência ao caso, ma, entre os inimigos atingidos, citou o líder do Hezbollah, Fuad Shukr, no sul de Beirute.


"Eliminámos (o chefe do Hezbollah, Hassan) o braço direito de Nasrallah, que foi diretamente responsável pelo massacre de crianças", afirmou Netanyahu, em referência ao assassinato de 12 crianças no fim de semana num ataque que Israel atribuiu aos libaneses. armado.

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O Chefe do Governo sublinhou que "acertámos as nossas contas com Mohsen e acertaremos as nossas contas com qualquer pessoa que nos prejudique”.

“Qualquer pessoa que mate os nossos filhos, qualquer pessoa que assassine os nossos cidadãos, qualquer pessoa que prejudique o nosso país, a sua cabeça está marcada por um preço”, afirmou Netanyahu que voltou a defendera campanha militar de Israel em Gaza.

A este propósito, ele disse que "se tivéssemos ouvido estas vozes, não teríamos eliminado os líderes do Hamas e milhares de terroristas, não teríamos destruído infra-estruturas terroristas... não teríamos criado as condições que nos aproximariam de um acordo que permitirá tanto a libertação de todos os nossos reféns e a realização de todos os objectivos da guerra".

Na sua intervenção de cinco minutos, ele avisou aos cidadãos de Israel, que "dias desafiadores estão por vir".

"Desde o ataque em Beirute, há ameaças vindas de todas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e permaneceremos unidos e determinados contra qualquer ameaça", concluiu Netanyahu.

Horas depois do assassinato de Haniyeh, o líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança a Israel, bem como o presidente do país, Masoud Pezeshkian, quem disse que "defenderá sua integridade territorial" e que "Israel se arrependerá pelo assassinato covarde".

O porta-voz do Governo israelita afirmou a jornalistas que "nós não faremos comentários sobre a morte de Haniyeh"e que o país está em alerta máximo para possíveis retaliações por parte do Irão.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, rematou que "Israel não quer guerra, mas estamos preparados para todas as possibilidades".