O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira, 30, que o Governo do Irão mentiu sobre as suas armas nucleares e que continuou a preservar e expandir o seu conhecimento mesmo após assinar um acordo com potências mundiais.
Logo após a denúncia de Netanyahu, Donald Trump voltou a ensinuar que planea retirar-se do acordo nuclear com o Irão, que foi firmado em julho de 2015.
O Presidente americano disse que não acredita que a medida prejudicará os seus contactos com a Coreia do Norte.
Trump precisa decidir até o dia 12 de Maio se vai retomar as sanções económicas dos Estados Unidos contra Teerão, o que seria um forte golpe para o acordo nuclear entre o Irão e seis grandes potências (EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha).
Na época em que o pacto foi firmado, o documento previa a eliminação de todas as sanções internacionais contra o Irão, além da saída da lista de países sancionados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Para isso, o país assegurou que o programa nuclear não teria um carácter militar, sem fabricação de armas atómicas e com objectivos exclusivamente pacíficos.
Irão responde
De acordo com a agência de notícias Tasnim, o Irão afirmou que as alegações de Israel sobre o seu programa nuclear são "infantis e ridículas" e procuramafectar a decisão do Presidente dos Estados Unidos.
"O show de Netanyahu foi um jogo infantil e ridículo...O programa planeado antes do prazo final de 12 de Maio é para afectar a decisão de Trump sobre o acordo nuclear do Irão", disse o ministro de Relações Exteriores Abbas Araqchi, segundo a Tasnim.