Autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de dispararem tiros de artilharia nos subúrbios da capital, Kyiv, na segunda-feira, 14, enquanto delegações dos dois países realizavam uma quarta ronda de negociações sem sinais de avanço.
As conversas, que ocorrem por videoconferência e não na vizinha Bielorrússia, como no passado, foram interrompidas durante o dia, mas devem ser retomadas na terça-feira, 15.
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Philip Crowther relata o ambiente de medo em Lviv, Ucrânia
"A comunicação está a ser mantida, mas é difícil", escreveu no Twitter o negociador ucraniano Mykhailo Podolyak que, no domingo, afirmou que a Rússia começou a falar "construtivamente".
Autoridades em Kyiv dizem que pelo menos uma pessoa morreu quando um projéctil atingiu um prédio residencial de nove andares num distrito ao norte da cidade na segunda-feira.
As mesmas fontes acrescentaram que as forças russas também atingiram uma fábrica de aviões na capital, provocando um grande incêndio.
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Em Kyiv, capital ucraniana, o repórter Yan Boechat relata o dia de ataques - 1 morto e 3 feridos é o balanço
Corredores funcionam
Entretanto, cerca de 150 mil pessoas conseguiram fugir de regiões bombardeadas desde o início da invasão russa na Ucrânia graças aos corredores humanitários.
"Organizámos 26 corredores humanitários e, desta forma, os autocarros puderam evacuar um grande número de pessoas e podemos dizer que foram cerca de 150 mil pessoas", indicou o adjunto da administração presidencial ucraniana, Kyrylo Timochenko.
Os corredores foram instalados nas regiões de Kiev, Soumy, a 350 quilómetros da capital, Kharkiv, no nordeste do país, e Zaporojie, a este, precisou Timochenko.
Nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, os corredores permitiram ajudar os civis a fugir aos combates, assegurou.