Os mediadores internacionais das negociações entre o Governo de Moçambique e a Renamo anunciaram a suspensão das mesmas por um período de 10 dias por falta de entendimento entre as partes.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 27, em Maputo pelo coordenador da equipa dos mediadores, Mário Rafaelli, no final da sessão de hoje, na qual o Governo e a Renamo voltaram a marcar as suas posições divergentes.
“Apelamos as duas partes a analisarem seriamente as propostas para quando voltarmos encontrarmos algo de concreto”, disse Rafaelli, que reiterou ao Governo e à Renamo que “a primeira preocupação importante do povo moçambicano é a paz”.
A VOA sabe que um dos principais pontos de divergência tem a ver com a exigência da Renamo de governar nas seis províncias do centro e norte do país em que foi o partido mais votado nas eleições gerais de 2014.
O Governo recusa por considerar aquelas eleições eram para o Governo e o Parlamento e não para os governos das províncias.
Outros pontos em discussão são a integração dos combatentes da Renamo nas Forças de Defesa e Segurança e integração de antigos militares na vida civil.