A oposição angolana responsabiliza a má governação pela crise económica, enquanto o partido no poder pede prudência porque a crise é passageira.
Nos últimos dias, os preços dos produtos e serviços em Angola não param de subir o que deixa uma grande maioria da população com muito pouco poder de compra.
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O secretário executivo da Casa-CE Leonel Gomes fala em ''desgovernação'' do país há 40 anos como a razão fundamental da crise.
''Este Governo está sem soluções, sem ideias porque nunca foi patriótico, um país que não produz, importa quase tudo, as divisas foram delapidadas, roubadas e distribuídas pela oligarquia no poder, sem divisas, não há importação, sem produção, tem como resultado miséria, fome, destruição de lares, desespero das pessoas, fruto da desgovernaçao do país ha 40 anos'', acusa Gomes.
Por seu lado, o deputado pela Unita Raúl Danda alinha no mesmo pensamento e diz que o Governo perdeu norte.
''Em Cabinda houve uma invasão aos armazéns da Angoalissar porque num dia o preço do saco de arroz estava a dois mil kwanzas, no outro já estava a 10 mil, e os armazéns abrem às oito horas e fecham às nove horas porque não existe uma política de preços nesta terra, cada um pratica o preço que quiser, o Governo está claramente sem soluções para resolver isto'', acusa.
João Pinto, deputado pela bancada do MPLA, tem leitura diferente, e diz que “andam aí a apregoar com um sensacionalismo, um populismo doentio e exacerbado”, a crise.
“Não é aconselhável, é preciso prudência bom senso, que isto vai passar porque já vivemos momentos piores, muita gente não gosta de ouvir isto”, reitera Pinto, afirmando que “isto vai passar, apesar de haver um pouco de ansiedade, mas temos que transmitir confiança e mudar de habitados todos nós”.
E o deputado concluiu que “se comíamos bifes caros, vamos comer bifes de atum, e é preciso que aqueles que comiam muitos pratos reduzam para um''.