Nampula: Segunda volta da votação “Intercalar” poderá ser marcada por abstenções, diz um analista

Eleição intercalar em Nampula

A votação terá lugar a 14 de Março, decidiu hoje, 20, o Conselho de Ministros.

Analista receia que a segunda volta da votação intercalar em Nampula seja marcada por abstenções, à semelhança do que aconteceu a 24 de janeiro.

A votação terá lugar a 14 de Março, decidiu hoje, 20, o Conselho de Ministros.

A repetição resulta do facto de nenhum dos candidatos melhor posicionados ter atingido o mínimo estabelecido pela lei, que é de 50 por cento mais um voto.

Amisse Cololo, da Frelimo, obteve 44.51% de votos; e Paulo Vahanle, da Renamo, que conseguiu 40.32% , num processo em que foram às urnascerca de 74 mil dos 296 mil eleitores registados.

Ojurista Batista Isseque, receia a repetição dessa fraca participação. E diz que o cidadão moçambicano deve saber sobre o dever de voto eo Estado deve fazer com que esse dever seja obrigatório.

“Os órgãos de administração eleitoral, bem como os partidos políticos, deverão trabalhar

para garantir uma maior participação dos eleitores,’’ disse

Isseque considera que mais do que votar num partido, os eleitores devem saber a importância desse exercício para o município da cidade de Nampula.

Os candidatos mostram-se preparados para a corrida, ainda que não tenham começado a pedir votos formalmente.

Alguns munícipes recenseados garantem que irão votar porque querem ver os problemas do município resolvidos, entre os quais a remoção de lixo nos bairros e degradação das vias públicas.

Este processo irá apurar o substituto de Mahamudo Amurane, assassinado em outubro do ano passado, na sua residência particular, por pessoas até aqui desconhecidas.

Por enquanto, Américo Iemenle assegura a gestão do município como presidente interino.

O vencedor irá dirigir a cidade de Nampula até outubro deste ano, altura em que o país vai realizar as eleições autárquicas regulares.