Nampula inicia contagem de votos da “intercalar”

Eleição intercalar em Nampula

Problemas nos cadernos eleitorais e abstenção poderão marcar o processo.

Iniciou a contagem de votos da eleição intercalar para a escolha do presidente do Conselho Municipal de Nampula, no norte de Moçambique, que deverá substituir o assassinado Mahamudo Amurane.

A votação decorreu hoje e estavam, segundo dados de 2014, registados pelo menos, 200 mil eleitores.

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Nampula inicia contagem de votos da “intercalar”

A nossa correspondente em Nampula reporta que alguns observadores falam de possibilidade de muita abstenção.

Problemas nos cadernos eleitorais

Durante o dia, partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) paralisou o processo na assembleia de voto instalada na escola de Malimusse, alegando irregularidades nos cadernos eleitorais.

O MDM reclamava o facto de alguns nomes que constam dos cadernos entregues aos partidos políticos não estarem nos cadernos daquela assembleia de voto.

LuÍsa Marroviça, daquele partido, disse que a situação provocada de propósito pelos órgãos eleitorais para favorecer a Frelimo, maior formação politica do país.

A situação foi também reclamada pelo candidato da Amusi, Mário Muquissinse, que denunciou como uma manobra para a produção de resultados falsos.

Na sequência, foram vistos dezenas de eleitores a abandonar o local.

O presidente daquela assembleia de votação, Unasy Ossumane, disse que, nas primeiras horas, o processo foi interrompido, por duas vezes, devido ao problema de cadernos e confirmou a diferença de nomes de eleitores noscadernos eleitorais fornecidos aos partidos e a Mesa.

Abertura tardia

Na maior parte das mesas de voto, o processo iniciou com um atraso de perto de uma hora dada a distribuição tardia do material.

A plataforma de Observação Eleitoral informou que 43 por cento das mesas iniciaram tarde, o que mostra a falta de preparação.

Mas para as autoridades eleitorais tal foi devido à chuva que caiu ontem e na madrugada.

Por outro lado, foi reportado que um número significativo de eleitores não viu os nomes nas listas.

Daniel Ramos, presidente provincial da Comissão Nacional de Eleições, disse que os eleitores que não conseguiram votar é porque na devida altura não foram confirmar os seus nomes.