Milhares de pessoas despediram-se, neste sábado, 7, do presidente do Município de Nampula, Mahamudo Amurane, assassinado esta semana por desconhecidos.
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Na cerimónia que decorreu no salão nobre do Conselho Municipal foi reiterado o apelo à justiça.
Os membros de organizações da sociedade civil exigiram às autoridades judiciais maior celeridade no esclarecimento do assassinato, quarta-feira, do presidente Amurane.
A população repetiu que Nampula perdeu um líder empenhado na criação de condições para o bem-estar social.
A ministra da Administração estatal e Função Pública, Carmelita Namachulua, disse que as causas defendidas por Amurane vão continuar a inspirar os membros do governo municipal, em particular, e os munícipes, no geral.
Namachulua pediu aos munícipes para confiarem as autoridades que investigam o crime.
Lider do MDM vaiado pela população
No exterior do edifício municipal, populares revoltados com a morte do Amuraneimpediram o presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) Daviz Simango,de participar nas cerimónias fúnebres.
Simango foi forçado a abandonar o local.
Além de acusações, nos dísticos que exibiam lia-se, entre outras mensagens “Sem Amurane, Nampula não terá eleições” ou “Abaixo a Intolerância Politica”.
Amurane concorreu à presidência de do Município do Nampula, em 2013, na altura membro do MDM.
Na sequência de divergências com a liderança do partido, Amurane anunciou, este ano, a saída e preparação de uma recandidatura independente.
Os manifestantes percorreram cerca de cinco quilómetros até ao Cemitério Novo, onde foram a enterrar os restos mortais do edil Amurane.
Casado e pai de dois filhos, Mahamudo Amurane morre aos 44 anos de idade.