Antigos trabalhadores da Mecanagro no Namibe dizem estar a ser enganados pelas promessas que os seus salários em atraso e indemnizações seriam pagos após um decreto presidencial ter extinto a companhia estatal.
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Julião Chivela, coordenador da comissão reivindicativa dos ex-trabalhadores, que protestaram em frente à empresa hoje, disse à VOA que as promessas feitas não estão a ser cumpridas.
“Estamos a ser enganados”, disse, interrogando-se sobre o paradeiro dos três mil milhões de kwanzas disponibilizados pelo Executivo para a cobertura da divida com os trabalhadores com salários em atraso há 17 meses, a segurança social e a respectiva indemnização.
Os ex-trabalhadores dizem que poderão recorrer aos tribunais e apelaram ao apoio da organização judicial Mãos Livres.
Filipe Chimuco, chefe de Divisão Administração e Recursos Humanos da extinta Mecanagro, confirmou à VOA a disponibilização de três mil milhões de kwanzas pelo Governo e adiantou que o problema deve estar na burocracia excessiva do Ministério das Finanças na tramitação dos salários.