O duplo registo de alguns ex-combatentes impede a celeridade do processo de licenciamento dos ex-militares em curso no país. A falsificação de dados e de patentes, assim como negócios ilícitos neste processo são, de entre outros, os factos mais constrangedores.
A denúncia é do vice presidente da Liga para o Desenvolvimento dos ex-Militares das Forças Armadas Angolanas (LIDEMFAA) Diógenes Teodoro Nunes Celestino, mais conhecido por “Capitão Teodoro Celestino”. Ele falava à margem do acto de instalação da Delegação Provincial do Namibe, daquela associação, que decorreu na capitania do porto do Namibe.
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Com mais de seis mil associados em todo o país, em apenas dois anos de existência a Lidemfaa leva acabo em todo o território o processo de advocacia junto dos ex-combatentes, visando ajudá-los a regularizar a situação de reforma, subsídios de sobrevivência para viúvas e órfãos dos militares tombados, assim como na reintegração socioprofissional.
O vice-presidente da Lidemfaa diz que há abertura e vontade politica por parte das autoridades governamentais em resolver os problemas dos ex-militares, mas aponta a falsificação de dados, por um lado, e, por outro, a má-fé de alguns dos beneficiários que forjam intrusos e duplas listas, como tendo prejudicado a celeridade do próprio processo.
O capitão Teodoro Celestino apela à honestidade e diz que é preciso cerrar fileiras em torno do processo em curso, combatendo vigorosamente a apetência de charlatães junto da direcção principal de pessoal e quadros do Estado-Maior General das FAA, que têm como fins enganar e enriquecer-se da falsidade.
O diálogo é o segredo do sucesso, disse Celestino, sublinhando que os problemas dos ex-combatentes não devem ser resolvidos na rua.