Namibe: Escolas primárias enfrentam dificuldades em biosegurança

Director diz que tem que ser “segundo pai” de muitas crianças cujas famílias não têm meios

Muitos alunos estão a chegar às escolas do Namibe sem máscara devido a descuido ou falta de meios económicos dos seus pais, constatou a Voz da América em diversas unidades de ensino.

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Escolas reabrem no Namibe ainda com problemas de bio-segurança – 2:39

Além dos alunos que nas escolas primárias durante o período do intervalo não usam máscaras faciais, a VOA apurou durante a ronda em mais de seis escolas do Namibe que também existem alunos que por razões económicas dos pais ou encarregados de educação vão à escola semmeios de biosegurança exigidos.

Alcides Lopes, director da escola primária nº 23 Dr. Agostinho Neto disse à VOA que é preciso ter muita paciência.

“Ficamos segundo pai destas crianças que por razões económicas das famílias às vezes vêm na escola sem máscaras faciais e nós membros da direcção da escola somos obrigados ajudar com máscaras descartáveis de nossas reservas”, disse.

“São muitas famílias que sobrevivem de negócios e levantam-se muito cedo e deixam os pequenos a dormir e só deixam a orientação para as 7H00 as crianças irem para a escola”, disse o director.

“As vezes além desta orientação não deixam o caderno que a escola pediu, não deixam a máscara para a criança e ela só dá conta que não trouxe já no recinto da escola e nós ajudamos neste sentido e a ginástica é essa”, afirmaou.

“ Pai em casa e pai aqui na escola, temos que nos conformar” , acrescentou Alcides Lopes.

Valentino Armando é um dos protectores escolares da escola Agostinho Neto no Bairro da Facada e além de garantir segurança da escola também faz o controle da higienização dos alunos, medição da temperatura e deixa o seguinte apelo aos pais e encarregados de educação.


“Os papás têm que comprar máscaras para os miúdos, senão eles não entram nas salas de aulas e vão perder o ano lectivo”, disse Florentino Armando.