Namibe: Detido decano de escola politécnica e administradores são acusados de peculato

João Domingos Cadete, decano da Escola Superior Politécnica do Namibe da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, em Angola, está detido desde quinta-feira, 19.

Pedro Serra, Procurador da República junto do Serviços de Investigação Criminal (SIC) no Namibe, confirmou à imprensa a detenção do decano na sequência de um processo-crime, que corre os seus trâmites nos serviços de investigação Criminal.

"O decano ou diretor do instituto Politecnico do Namibe está ser indiciado pela prática de três crimes: um crime de peculato, um crime de participação em negócios e um crime de tráfico de influência ", disse Serra.

Quanto às acusações da antiga administradora municipal do Virei, Juliana da Fonseca, que se presume ter desviado cerca de 300 milhões de kwanzas, igualmente indiciada no crime de branqueamento de capitais, participação económica em negócios e abuso de confiança, o procurador afirmou que o processo já foi introduzido no tribunal.

Além dos processos já introduzidos em tribunal, há mais 10 que se encontram na fase de instrução preparatória.

Entretanto, a VOA registou na manhã de sexta-feira, 20, uma movimentação intense nas instalações da PGR junto do SIC, entre os responsáveis dos distintos setores da vida pública no Namibe, incluindo alguns administradores municipais acusados de terem praticado crimes de peculato e advogados de defesa.

Os defensores alegal que seus constituintes devem aguardar em liberdade o julgamento, por intermédio de pagamento de caução.

A propósito esta movimentação, a VOA conversou com o advogado José Cavela, defensor de Caita Cavaco, administrador do Município do Camucuio, acusado de ter desviado cerca de 18 milhões de kwanzas que se destinavam a terraplanagem das vias de acesso naquele município.

José Cavela disse ter-se deslocado ao SIC “por conta de diligências de determinados processos que nós temos e alguns desses processos crrem em fase de instrução prepartória e são essas diligências que viemos levar a cabo”, mas não deu outros pormenores.

Interrogado se essas “diligências” se referiam a Caita Cavaco o advogado disse haver "outros outros processos mas nada obsta a que se diga que estamos também a falar do senhor Caita Cavaco e outros processos que estão sob nossa responsabilidade”.