Na sua mensagem de Natal, o papa Francisco pediu ao mundo para se unir para acabar com as atrocidades de militantes islâmicos, que conforme repetiu causam imenso sofrimento em muitos países.
Francisco leu o seu discurso "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo), na Basílica de São Pedro, perante milhares de pessoas e forte segurança, que incluía polícia antiterrorismo.
A Reuters cita o pontífice pedindo a atenção da comunidade internacional para acabar com as atrocidades, que no Iraque, Líbia, Iémen e África subsaariana, ceifam numerosas pessoas, causam imenso sofrimento e não poupam nem o património histórico e cultural de povos inteiros.
Em relação à África subsaariana, Francisco mencionou a necessidade de diálogo para resolver os problemas na República Democrática do Congo, Burundi e Sudão do Sul.
Pediu igualmente a restauração da paz em locais de conflito como Israel, Palestina e Síria, sublinhando que "somente a misericórdia de Deus pode livrar a humanidade das muitas formas de mal, algumas vezes monstruosas, que o egoísmo gera no nosso seio."
Ele condenou "actos brutais de terrorismo", entre os quais os ataques de 13 de novembro por militantes islâmicos que mataram 130 pessoas em Paris, a queda de um avião russo na península do Sinai, no Egipto, que matou 224 pessoas em 31 de outubro, e o ataque ao hotel Radisson Blue, em Bamako, capital do Mali.
Todos os ataques foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.
O Papa chamou as vítimas de “mártires de hoje”. E na sua oração realçou que "a graça de Deus pode converter corações e oferecer à humanidade uma maneira de sair de situações humanamente insolúveis."