A região diamantífera de Kafunfo, na província da Lunda Norte, volta a registar mortes de mulheres, alegadamente para a extração dos órgãos femininos que, segundo a crença popular, podem ajudar a descobrir diamantes.
O último caso aconteceu no sábado, 18, e a vítima foi Alcina Caquesse, esposa de um professor, como denunciou à VOA Jordan Muacabinza, dirigente local do PRS.
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Caquesse foi assassinada em plena zona controlada por elementos da segurança de empresas diamantíferas.
''Os meliantes surpreenderam a senhora, espancaram-na, amarraram-na, estupraram-na e, depois de morta, removerem os seus órgãos genitais'', explicou Jordan Muacabinza, que diz estranhar o facto de casos de assassinatos acontecerem em zonas controladas por militares e o Estado nada fazer para responsabilizar os culpados.
“Estes casos acontecem nas lavras e são protagonizados por elementos não identificados, numa zona onde existe segurança do Estado, que não consegue identificar os culpados”, afirma aquele dirigente, que diz terem sido mortas várias mulheres.
Muacabinza denuncia igualmente casos de maltratos de cidadãos que se dedicam ao garimpo por parte de elementos de segurança das grandes empresas diamantíferas que operam na zona das Lundas.
No passado registaram-se várias mortes de mulheres nas regiões diamantíferas das Lundas.