Muitos deslocados a fugir de Erati, diz administrador local

Vista geral da cidade de Nampula, Moçambique

Dispersão das pessoas que fogem da área atacada não ajuda autoridades a contabilizar as pessoas afectadas e a disponbilizar apoio humanitário

O número de pessoas que abandonam a aldeia de Kutua, em Erati, na província de Nampula, atacada na sexta-feira, 4, por terroristas tende a aumentar, disse o administrador local à VOA.

Sem apresentar números, Manuel Manussa afirmou que com a presença de militares a situação na zona está calma e controlada, mas em contrapartida “ há um número relativamente grande” de pessoas que deixam a região para a sede do distrito".

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Muitos deslocados a fugir de Erati, diz administrador local - 1:50

Ainda segundo Manussa, os que têm parentes fogem para outras províncias porque o distrito de Erati não tem um centro de deslocados.

As autoridades afirmam que as pessoas que fogem dos ataques estão dispersas, facto que dificulta confirma os números e proporcionar ajuda.

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No entanto, aqueles que fugiram para a sede distrital, disse Manussa, "sobrevivem com o apoio do Governo e de organizações humanitárias".

A região atacada em Nampula é próxima à província de Cabo Delgado, que desde 2017 regista ataques que já provocaram mais de três mil mortos e 900 mil deslocados.

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Há informações ainda não confirmadas de que o posto administrativo de Chiphene, no distrito de Memba, também em Nampula, foi atacado.