Marrocos notificou um caso da nova variante do vírus mpox na cidade turística de Marraquexe, o primeiro caso no Norte de África desde que a OMS anunciou um alerta de saúde pública em agosto, anunciou esta sexta-feira, 13, o Centro de Controlo de Doenças (CDC) África.
O CDC África “confirma o primeiro caso de mpox no Norte de África em 2024, registado a 12 de setembro pelo Ministério da Saúde marroquino”, refere o Centro em comunicado.
O paciente que “testou positivo” é “um homem de 32 anos de Marraquexe, atualmente estável e em isolamento”, que “está a receber tratamento”, disse o CDC.
De acordo com o Centro, as autoridades marroquinas activaram o procedimento de emergência, “destacaram uma equipa de resposta rápida e iniciaram investigações epidemiológicas e rastreio de contactos”.
Por seu lado, o Ministério da Saúde marroquino declarou que o doente estava a receber “os cuidados necessários num centro médico especializado em Marraquexe e que se encontra num estado de saúde estável que não suscita preocupações”.
De momento, nenhuma das pessoas que estiveram em contacto com o doente apresenta sintomas, segundo o Ministério.
O ressurgimento do Mpox na República Democrática do Congo, mas também no Burundi, no Quénia, no Ruanda e no Uganda, levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar, em meados de agosto, uma emergência de saúde pública de âmbito internacional, o nível de alerta mais elevado.
A estirpe do clado 1, responsável pela atual epidemia em África, é fatal em 3,6% dos casos e é particularmente perigosa para as crianças, segundo a OMS.
A varíola é uma doença viral que se transmite dos animais para os seres humanos, mas também é transmitida através de contacto físico próximo. A doença provoca febre, dores musculares e lesões cutâneas.
De acordo com o CDC África, desde o início do ano, foram notificados 26 544 casos, dos quais 5 732 foram confirmados e 724 morreram. O primeiro caso notificado em Marrocos eleva para 15 o número de países africanos afectados pela epidemia, que se concentra atualmente na África Central, com 23.761 casos, dos quais 5.588 confirmados e 720 mortos.