O MPLA elegeu no sábado 16, em Luanda, Paulo Pombolo para o cargo de secretário-geral, em substituição de Álvaro de Boavida Neto, no VII congresso extraordinário daquela organização política.
Novos quadros ingressaram no Comité Central e no Bureau Político, na sua maioria jovens e considerados próximos ao presidente Joao Lourenço.
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A ausência da família de José Eduardo dos Santos, presidente emérito, deve, segundo alguns analistas “preocupar” o MPLA, mas há outros que entendem que estas manobras são não passam de “charme” com vista a alavancar o MPLA que não vem apresentando uma boa imagem.
O jurista Pedro Kapracata considera que nada está perdido no relacionamento entre o actual Presidente da Republica Joao Lourenço e o seu antecessor José Eduardo dos Santos e que tudo não passa de “uma estratégia para melhorar a imagem do proprio MPLA”.
Por seu lado, o politólogo Rui Kandove interpreta a saída de Boavida Neto com uma falta de lealdade ao actual presidente do MPLA e não a qualquer perseguição.
Ele lembra que a defesa pública de Neto ao grupo de José Eduardo Santos acelerou o seu afastamento.
Entretanto, Pedro Kaprakata aponta como sinal de revitalização do MPLA a entrada de vários jovens para o Comité Central e Bureau Político, assim como a eleição de Paulo Pombolo, antigo secretário nacional da JMPLA ao cargo do secretário-geral do MPLA em substituição de Álvaro de Boavida Neto com uma idade mais elevada.
“Não quer dizer que com essa saída, Boavida cai em desgraça”, conclui.
A VOA tentou contactar vários dirigentes do MPLA mas negam a pronunciar-se sobre uma possível clivagem entre Santos e Lourenço.