O MPLA e a UNITA insultaram-se mutuamente com um destacado dirigente do MPLA “Jú” Martins a descrever o presidente do Galo Negro de “lunático” e um dirigente da UNITA a aconselhar Martins a “cortar o bigode para perceber o que se passa”.
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A troca de insultos segue-se declarações de Adalberto Costa Júnior que no fim-de-semana disse ter convidado dirigentes do MPLA para discutir uma eventual transição de poderes após as eleições algo veementemente desmentido pelo partido no poder mas reafirmado por Costa Júnior.
O secretário do Bureau Político para os Assuntos Políticos do MPLA, João de Almeida “Jú” Martins disse que as declarações do dirigente da UNITA são “um conjunto de afirmações gratuitas que foram proferidas por alguém que na política angolana devia ter mais responsabilidade”.
“Para além de grave está eivada de qualquer pingo de verdade”, disse este dirigente do MPLA para quem no encontro “havia da parte do presidente da UNITA anotada convicção de que estava predisposto de vencer as eleições”.
“A nós, uma pergunta directa que ele colocou se teríamos algum receio de viver em um país onde ele seja presidente nós respondemos categoricamente que o país tem muitos lunáticos e que eu estava a falar com um lunático”, acrescentou.
Um dos dirigentes da UNITA, Abílio Kamalata Numa, disse que o MPLA deve estar ciente que a era do poder absoluto acabou.
“O Jú Martins vai ter que cortar o bigode para ver que isso aí acabou e acabou mesmo porque não há mais omnipotentes”, disse.
O presidente da UNITA disse por se turno que no encontro com “Jú” Martins “me disseram o senhor presidente saiba desde já que nós ganhamos a guerra e vocês nunca vão poder governar porque nós ganhamos a guerra”.
“Fiquei com a apreciação que falaram mais do que deviam”, disse
O analista político Agostinho Sikato disse as duas grandes forças políticas devem entender que são obrigadas a conviverem e que é necessário o diálogo entre o MPLA e a UNITA.
“Para os dois é salutar e a recomendação é se não houver o encontro que haja esse encontro para harmonia das eleições”, disse.