MPLA diz ser alvo de campanha de mentiras e difamação

Arquivo: Ao centro, o Presidente angolano na celebração do 64º aniversário do MPLA, partido no poder, do qual ele é líder.

“Está a colher o que semeou”, responde Elias Isaac

O partido no poder em Angola denunciou hoje a existência do que chama de “inúmeras campanhas de mentiras e difamação que visam atingir a imagem do MPLA, a honra e o bom nome dos seus dirigentes”.

Na denúncia, feita em comunicado, o Bureau Político do MPLA acusa “diferentes meios de comunicação, com mais incidência nas redes sociais”, como sendo os veículos de tais campanhas.

A denúncia foi feita no final de uma reunião ordinária daquele orgão do partido que esta quinta-feira aprovou a agenda do VIII Congresso do partido e aprovou a candidatura de João Lourenço ao cargo de Presidente do MPLA.

O analista Elias Isaac diz que o MPLA não tem nada que se queixar porque “só está colher aquilo que semeou”.

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Para o analista angolano “o MPLA tem que entender que os tempos mudaram”.

Que faça uma introspecção e uma avaliação da sua governação durante esse meio século”, disse.

Para o jurista Pedro Capracata a reacção do MPLA visa defender-se dos que o criticam por forma a garantir a manutenção no poder.

“O que preocupa as pessoas é o MPLA persistir nos erros de forma premeditada”, afirmou Capracata.

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O comunicado do MPLA refere que “os membros BP foram informados sobre o estado de preparação do VIII Congresso Ordinário, tendo sido destacado o grau de importância do evento”.

Para o partido no poder, o Congresso “constitui uma plataforma política para reforçar a união e a coesão dos militantes, simpatizantes e amigos do partido em torno da liderança do camarada Presidente, João Lourenço, tendo em perspectiva vencer os desafios políticos eleitorais”.

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O BP fez saber que durante o encontro, orientado pelo seu líder, João Lourenço reafirmou“o modelo de desenvolvimento sustentável adoptado pelo Partido para Angola, assente na maior inclusão dos angolanos nas oportunidades económicas e no aprofundamento da cidadania participativa em prol do desenvolvimento harmonioso do país”.

A cúpula do partido no poder diz ter apreciado “o parecer sobre a proposta de Orçamento Geral do Estado para o ano 2022, que elegeu o apoio à economia, a defesa dos rendimentos e do consumo das famílias, a ser materializada através da adopção de medidas tributárias, de promoção do emprego, e do aumento de pessoal na Administração Pública, considerando igualmente as progressões, promoções e actualizações como seus principais alicerces”.

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