O MPLA vai brevemente apreciar e aprovar um código de conduta para os seus militantes nas redes sociais, com vista a disciplinar a actuação dos mesmos e suas organizações de base.
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O secretário-geral do MPLA, António Paulo Cassoma, justificou a medida como uma forma de maximizar a energia e a vontade dos militantes cibernautas em acções em prol do engrandecimento do MPLA e da unidade de acção no seio do seu partido.
Com este Código de Conduta, garante Cassoma, não se pretende coartar a criatividade ou liberdade de expressão dos militantes, mas levando-os a “abster-se de contribuir em campanhas, por vezes veladas, de desacreditação do Executivo, dos dirigentes e do partido, fazendo o jogo dos adversários e detratores políticos”.
Em reacção, Aniceto Cunha, sociólogo e também militante do MPLA diz que prefere esperar para ver se o conteúdo vai ser bom ou mau.
Ele entende ser necessário que os militantes do MPLA não passem informações importantes para fora do partido.
“Existem militantes que têm acesso a informações, que têm estado a veicular até documentos oficiais, e do ponto de vista politico-ideológico não é muito correcto, mas em relação ao conteúdo eu prefiro ver para dizer se é bom ou mau”, adiantou Cunha.
Opinião contrária tem Agostinho Sikato, politólogo e presidente do Centro de Debate e Estudos Académicos, para quem é uma medida abusiva e desnecessária.
“Será que o partido compra saldo para estes militantes? Para mim é uma medida abusiva e desnecessária porque os cidadãos não estão no Facebook, na condição de militantes e os que são militantes sabem o que devem escrever e o que não devem”, sustentou.
Paulo Cassoma reiterou que nas plataformas electrónicas, a informação é difundida e transmitida instantaneamente através de mensagens sem a mediação das instituições, dos agentes públicos e dos governos e, na maior parte dos casos, estas informações não estão comprometidas com a verdade, ética e com as fontes credíveis de informação.