O Tribunal Judicial de Nacala, na província moçambicana de Nampula, ordenou nesta quarta-feira, 13, a prisão domiciliária, termo de identidade e residência e consequente suspensão de funções do presidente do Município de Nacala, Raul Novinte, e do seu assessor de comunicação, Arlindo Chissale.
O tribunal aceitou assim o pedido do Ministério Público, que acusou Novinte e Chissale de “incitamento à desobediência coletiva em concurso com a instigação pública ao crime”.
No despacho, o juiz aponta como causas para tais medidas a possibilidade de fuga, perturbação do decurso da instrução ou da audiência preliminar e perturbação de ordem e tranquilidade públicas ou de continuação de atividade criminosa, devido às personalidades dos arguidos
No processo, estão arrolados também mais oito membros da Renamo.
Nacala tem sido foco de vários protestos da Renamo na sequência das eleições autárquicas que, inclusive, tiveram de ser repetidas em algumas meses no passado dia 10.
Aquele partido boicotou a votação, ao não enviar seus membros de mesa e apelar aos seus militantes e simpatizantes que não fossem ás urnas, por considerar que ganhou as eleições de 11 de outubro.