O analista Fernando Lima alerta para o risco de os 800 milhões de dólares alocados a Moçambique pelo Banco Mundial (BM) serem desviados ou mal utilizados, se não houver mecanismos transparentes de aplicação desses fundos.
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A organização aprovou nesta quarta-feira, 28, a elegibilidade de Moçambique para beneficiar do seu instrumento de Alocação para a Prevenção e Resiliência, desbloqueando até 700 milhões de dólares, em financiamento para prevenir a escalada do conflito e construir resiliência em Moçambique.
Em paralelo, o BM aprovou uma doação de 100 milhões de dólares da associação Internacional de Desenvolvimento, em apoio ao projecto de Recuperação da Crise do Norte de Moçambique.
Veja Também Banco Mundial aprova financiamento até 700 milhões de dólares para crise em Cabo DelgadoPara o analista Fernando Lima, é muito dinheiro, sendo por isso necessário criar mecanismos que garantam transparência nesses programas e noutros em curso no país.
Lima avançou que "sendo o Executivo moçambicano um Governo sobre qual recaiem muitas interrogações em matéria de transparência, boa governação e corrupção, é bom que o Governo se antecipe aos próprios crivos e instrumentos de fiscalização desses créditos, para que o país não volte a derrapar e não volte a estar envolvido em grandes escândalos como o das dívidas ocultas".
Refira-se a assinatura dos instrumentos formalizando a alocação dos fundos teve lugar em Pemba, e contou com a presença do chefe de estado moçambicano e da representante do Banco Mundial em Moçambique.
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