Moçambique: Protestos sem a dimensão de dias anteriores, mas registaram-se seis mortos e 15 feridos

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Feridos nas urgências do Hospital Central de Maputo em resultados dos protestos eleitorais em Moçambique. Fotografia de Francisco Júnior

Venâncio Mondlane convocou manifestações para os três primeiros dias desta semana

Apesar da convocatória feita pelo segundo candidato mais votado nas presidenciais de 9 de outubro em Moçambique, Venâncio Mondlane, não se registaram grandes manifestações na segunda-feira, 13, dia em que arrancou uma nova legislatura.

No entanto houve alguns confrontos entre alguns manifestantes e a polícia que resultaram em seis mortos e 15 feridos, de acordo com a Plataforma Decide, que tem monitorado o processo eleitoral e pós-eleitoral.

Aquela organização não-governamental informa nesta terça-feira, 14, que as mortes aconteceram nas províncias da Zambézia e de Inhambane, três em cada uma, enquanto sete pessoas ficaram feridas na Zambézia, três em Inhambane, quatro na cidade de Maputo e um na província de Maputo.

Com estes números, a Plataforma Decide contabiliza 300 mortos desde o início dos protestos a 21 de outubro, 613 feridos e 4.220 detidos pelas autoridades.

Refira-se que ontem, dia da abertura da nova legislatura, em Maputo os bancos comerciais e o comércio estiveram fechados devido à nova onda de manifestações, convocadas no sábado, 11, para os primeiros três dias desta semana, coincidindo com a posse dos deputados e do Presidente.

Amanhã, Daniel Chapo será empossado Presidente da República num dia em que já foi declarado tolerância de ponto em Maputo.