Moçambique promete investir 100 milhões de dólares para travar a caça furtiva

Celso Correia, Ministro de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, ateando o fogo que destruiu reservas de marfim e de chifres de rinoceronte obtidos ilegalmente.

Analistas advertem que sem uma fiscalização rigorosa contra caçadores furtivos o plano pode fracassar.

As autoridades moçambicanas dizem que vão investir, nos próximos três anos, cerca de 100 milhões de dólares, em projectos comunitários localizados em áreas de conservação, como parte dos esforços para combater o crime organizado que ameaça elefantes.

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Moçambique promete investir 100 milhões de dólares para travar a caça furtiva

No entanto, analistas advertem que sem uma fiscalização rigorosa contra caçadores furtivos o plano pode fracassar.

O anúncio foi feito esta quarta-feira, em Maputo, pelo ministro moçambicano da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, na abertura de uma reunião internacional de avaliação de planos de acção de combate ao tráfico de marfim.

O governante apontou aquele financiamento como uma das peças na estratégia para combater o crime organizado, que ameaça diversas espécies protegidas em Moçambique, entre as quais o elefante.

Correia referiu que a verba será destinada à agricultura de conservação e construção de infraestruturas económicas e sociais para os distritos que integram os parques e reservas nacionais.

Refira-se que em Abril, as alfândegas de Moçambique apreenderam, no porto de Maputo, cerca de três toneladas de marfim, prestes a serem exportadas para o Camboja.

O analista Lucas Ubisse disse que se o projecto for implementado, vai fazer a diferença, sublinhando, no entanto, esperar que não sejam daquelas coisas que não passam de boas intenções.