O Presidente de Moçambique e o líder da Renamo, na oposição, mantêm as suas divergências quanto à realização das eleições distritais em 2024, mesmo depois de um encontro mantido nesta quarta-feira, 8, em Maputo, no qual analisaram também o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos antigos guerrilheiros até o final deste mês.
No final do encontro, o presidente da Renamo, Ossufo Momade, reiterou que o seu partido defende a realização das eleições como foi acordado pelo Chefe de Estado e o falecido líder da perdiz Afonso Dhlakama.
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“O que nós esperávamos é que pudéssemos realizar as eleições distritais porque está previsto na Constituição da República e não gostaria de ver o país a fazer mudanças na lei para que possamos alterar as eleições, por isso nós vamos discutir para fazer chegar a nossa posição ao Presidneteda República, mas nós gostaríamos que em 2024 pudéssemos ter as eleições distritais”, disse Momade.
Por seu turno, Filipe Nyusi afirmou estar confiante que será encontrada a melhor solução , tendo em conta o seu impacto financeiro.
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“Trocamos impressões o que é correcto e é bom, neste caso vimos os aspectos técnicos, os aspectos da nossa descentralização em si e as questões finaneiras", sublinhou Nyusi.
Sobre a mesa das conversações esteve também a conclusão do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens da Renamo, com Ossufo Momade a reiterar "a esperança de que o Governo aprove o decreto para que eles (os guerrilheiros= possam ter as suas pensões, este é um dado adquirido”.
Veja Também Falta de fundos põe em causa as garantias da desmilitarizaçao, diz chefe da RenamoFilipe Nyusi considerou que “o processo de DDR é um compromisso do Governo e da Renamo, este caso tem sido considerado como um exemplo e nós não podemos perder essa oportunidade para contribuirmos para a pacificação do nosso país e servir como um caso de estudo para outros países que precisam de paz que é necessária”.
Recorde-se que em Dezembro de 2022 falhou o encerramento da última base da Renamo situada na Serra da Gorongoza, após Ussufo Momade ter manifestado a sua insatisfação em relação ao suposto incumprimento dos acordos celebrados em Agosto de 2019.