Os desastres provocados por fenómenos naturais são cada vez mais frequentes e mortíferos e, se se tiver em conta o problema das mudanças climáticas, é de esperar que calamidades como ciclones e cheias assolem Moçambique com mais violência.
O Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique (INAM) tem agora melhores condições para fazer a análise e previsão do tempo, mas está claro que ainda falta equipamento para que possa realizar um trabalho mais eficaz.
Depois das devastadoras cheias do ano 2000, o Governo adquiriu, na Alemanha, dois radares, um montado na cidade da Beira, e outro em Xai-Xai, no sul de Moçambique, que, por vários motivos, não estão a funcionar e a sua tecnologia pode já estar ultrapassada.
Estudos feitos mostram que, para se ter uma cobertura efectiva, o país precisaria de pelo menos sete radares.
Mussa Mustafa, director-geral adjunto do INAM, diz que existe um Plano Estratégico que prevê a mobilização de 50 milhões de dólares americanos, para, entre outras coisas, comprar e instalar radares.
Mas apenas três a serem instalados em Nacala, Beira e Xai-Xai.
Mustafa diz que “os radares são caros e a sua instalação é um processo complexo.
Para uma cobertura mais eficaz do território nacional, Mussa Mustafa acrescenta que o INAM precisaria de ter pelo menos mais 114 estações meteorológicas automáticas, consideradas importantes para a navegação aérea