Moçambique em alerta vemelho devido às chuvas e ao ciclone Freddy

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Furacão Freddy na sua passagem pelas Maurícias

A aproximação do ciclone Freddy a Moçambique, ainda que possa chegar como ciclone tropical, levou o Governo a decretar alerta vermelho em todo o país, depois das chuvas que deixaram mortos e muitos prejuizos.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suze, afirmou que "com o alerta vermelho, abre-se espaço para que, com muito maior flexibilidade e simplificação de procedimentos, o Governo possa lançar mão a mecanismos para minimizar o sofrimento".

Entre esses procedimentos está a possibilidade de requisição civil, visando "envolver mais meios e pessoas" em operações de resgate.

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Embora se espere que Freddy perca força antes de se aproximar de Moçambique, na sexta-feira, 24, quando poderá ter a categoria de ciclone tropical, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Catástrofes (INGD) abriu 260 comités centrais na província da Zambézia, no centro do país.

O INGD também indicou que "415 salas de aulas e 221 igrejas estão a ser preparadas para que, havendo necessidade, sirvam de Centros de Acomodação".

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Foram definidos 69 bairros de reassentamento e a Delegação Provincial do INGD na Zambézia já disponibilizou "bens alimentares e um total de 11 embarcações”.

Numa reunião naquela província, o chefe do Departamento de Recursos Hídricos no Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Agostinho Vilanculos, admitiu que 600 mil pessoas podem ser afectadas pela passagem de Freddy, das quais 100 mil podem necessitar de ajuda.

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Entre outras medidas, o Governo encarregou vários ministros para liderar brigadas em diferentes províncias, visando uma resposta mais efectiva.

Sofala e Inhambane são as províncias que mais poderão sentir os efeitos desse fenómeno.

Furacões, tempestades tropicais e muitas chuvas têm fustigado Moçambique com muita intensidade nos últimos anos.

Desde Outubro, 95 pessoas morreram e 100 mil pessoas já foram afectadas.