Moçambique Eleições: Perfil de Filipe Nyusi

Candidato presidencial da Frelimo

Filipe Jacinto Nyusi, nasceu a 9 de Fevereiro de 1959, em Namau, distrito de Mueda, Cabo Delgado. É filho de Jacinto Nyusi e Angelina Daima.

Embora filho de guerrilheiros, Nyusi é o primeiro presidente sem protagonismo na luta armada de libertação nacional de Moçambique, que culminou com a independência do país, em 1975.

Filipe Nyusi estudou na antiga Checoslováquia, onde se licenciou em Engenharia Mecânica, e depois na Inglaterra, África do Sul e nos Estados Unidos da América.

Trabalhou na empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, onde chegou a administrador.

A trajectória de Filipe Nyusi na Frelimo é longa, e começa quando, ainda jovem, vivia com os pais na Tânzania, numa das bases de treino do antigo movimento guerrilheiro, onde fez a sua preparação político-militar. Mas, para além disso, pertence à etnia maconde, com forte influência na Frelimo.

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Ele foi ministro da Defesa Nacional no Governo do Presidente Armando Guebuza e a vida nesse cargo não foi fácil, porque foi na altura em que a Renamo intensificava os seus ataques armados, um pouco por todo o país.

Nyusi adoptou uma resposta que não foi consensual, com os críticos a considerarem que aumentou a violência da Renamo, e esta a acusá-lo de tentar resolver um problema político através das armas.

Os críticos dizem que apesar do lema da campanha para o seu primeiro mandato "Força da Mudança", Nyusi ainda não conseguiu fazer um corte com o passado, apontando-se a corrupção como uma das marcas desse passado recente.

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O que foi marcante no seu primeiro mandato como Presidente da República e da Frelimo, foi a sua incansável procura da paz, que incluiu uma deslocação à serra da Gorongosa, em Sofala, para se encontrar com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

Entretanto, os críticos afirmam que se Filipe Nyusi geriu bem o processo de paz, o mesmo não se pode dizer relativamente à questão das dívidas ocultas.

"Esta foi uma grande mancha na sua governação; Moçambique está estrangulado em alguns sectores, por causa das dívidas ocultas, que afectaram todo um povo. Não há nenhum moçambicano que não tenha sido afectado por este escândalo", dizem os críticos.

Ele concorre ao seu segundo mandato.