Apesar da distância geográfica, a comunidade religiosa em Moçambique está atenta aos acontecimentos na Faixa de Gaza e junta-se em solidariedade aos palestinianos e nos apelos para o fim da guerra.
Com sentimento de muita agonia está a comunidade muçulmana que olha para a situação, com críticas profundas para o Governo israelita, ao qual apontam toda a responsabilidade pelo nível que o conflito atingiu.
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“Se nós olharmos para aquilo que as Nações Unidas defendem no Direito Internacional, o que Israel está a fazer neste momento é praticamente um genocídio, que é crime contra a humanidade, mas, infelizmente, ninguém será levado a qualquer tribunal por isso”, defende o sheik Saide Abibo, membro da Comunidade Islâmica em Maputo.
Do lado dos cristãos, também é com pesar que acompanham a situação no Médio Oriente.
Eles apelam ao diálogo para o fim do conflito e preparam para esta semana, cerimónias de solidariedade para com os palestinianos.
Veja Também Angola: Cristãos e muçulmanos pedem fim das hostilidades entre Israel e Hamas“Nós, como Conselho Cristão de Moçambique, não somos a favor a violência. Acreditamos que os homens têm capacidade de diálogo para resolver os seus problemas. Do nosso lado estamos nos preparando para a oração e levar a cabo um movimento de solidariedade, ainda esta semana”, explica o Bispo Rogério Lambo, presidente do Conselho Cristão de Moçambique.
Por outro lado, a organização faz apelos ao governo moçambicano, para que “use da sua diplomacia, para que, ao nível dos fóruns internacionais, leve esta mensagem de diálogo para acabar com o conflito”.
A Voz da América em Maputo conversou com uma moçambicana residente em Israel.
Casada com um israelita, a fonte não quis ser identificada, mas falou do sentimento perante a nova etapa do conflito, que sentiu os efeitos de perto.
“Eu acho que Israel tem o direito de se defender e precisava dar uma resposta ao ataque terrorista que aconteceu. O único problema que vejo é o nível de proporção que está a ser aplicado. Ainda assim, olho para a situação como complexa, uma vez que o Hamas é um movimento terrorista que tem bases militares próximo de escolas e hospitais e, Israel, com esta ideia de querer destruir o Hamas acaba atingindo muitas pessoas civis”, diz a entrevistada.
O Governo de Moçambique não se pronunciou ainda sobre