Quem já não ouviu a frase "mente sã em corpo são"?
A frase vem do latim "Mens sana in corpore sano" e foi escrita pelo poeta romano Juvenal há mais de dois mil anos e faz parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida. Mas como cuidar da nossa saúde cerebral? Jogando xadrez é uma forma. O presidente da Associação de Xadrez da cidade da Beira, Pedro Francisco Madengo, sabe da importância que o xadrez tem como exercício mental. Além de ser xadrezista ele se dedica em tempo integral a ensinar o desporto a crianças e jovens no Colégio New Moon.
Em entrevista à Voz da América, ele contou que o xadrez já é praticado na cidade da Beira há muito tempo e que já tem duzentos jovens inscritos na associação. Nem todos fazem parte do colégio e vários xadrezistas são adultos também. A associacão tem tentado programar torneios mensais, mas os desafios em conseguir os materiais e a falta de espaço para uma sala de jogos tem prejudicado os planos do presidente.
A associação costumava ter um espaço público para a prática do xadrez, mas devido a uma mudança na instalação de uma instituição para o pavilhão do desporto ficou apenas com o escritório.
"Agora temos que alugar as bibliotecas, uns espaços um bocadinho maiores para poder jogar o xadrez aqui na cidade da Beira".
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Entre os xadrezistas que já se destacaram e são ensinados por Madengo estão os jovens Kelvin Tamele (campeão provincial masculino em 2016), Eline Patrícia (vice-campeã feminina em 2016) e Elen Carlitos (campeã feminina escolar por várias vezes). Wilton Calicoca foi campeão provincial sénior no ano passado, e John Moyo, do Zimbábue, foi vice-campeão do campeonato da cidade em 2019.
Como presidente da Associação de Xadrez da cidade da Beira, Madengo está comprometido com a prática e o desenvolvimento da modalidade. Entre os seus objetivos estão criar um clube de xadrez em cada bairro da cidade, distribuir material suficiente para os clubes e mantê-los sempre em funcionamento. Também quer introduzir o xadrez em todas as escolas de ensino primário como disciplina extracurricular para desenvolver a mente das crianças contribuíndo no processo de ensino e aprendizagem; fazer do ensino de xadrez uma fonte de renda para os formados pela associação em parceria com outras instituições para ensinar nestes locais; criar torneios e campeonatos com frequência para promover o intercâmbio entre os formados e levá-los a competir em eventos internacionais; buscar parcerias e apoio das empresas para poder executar todas as metas.
Madengo disse que atualmente a associação está com falta de material precisando neste momento de 300 tabuleiros de jogos de xadrez.
"Já pedimos apoio a 119 instituições em 2019 e não tivemos nenhuma resposta até então. Assim sendo, a associação continua a pedir apoio, quer das empresas, quer dos empresários, quer das pessoas singulares, ou daqueles que podem dar apoio, visto este ser crucial para a sobrevivência da associação".