Moçambique aprovou o maior projeto de restauração de mangais de África, com 200 milhões de árvores a serem plantadas ao longo de 60 anos, informou na quinta-feira, 6, o promotor que obteve a licença.
A Blue Forest, sediada no Golfo, disse que começará a trabalhar em novembro, acrescentando que obteve a licença após cerca de dois anos e meio de estudos de viabilidade.
“Vamos começar a plantar o primeiro dos 200 milhões de mangais em Quelimane, na Zambézia, em novembro, em linha com o início da época das chuvas em Moçambique”, disse à AFP o fundador e diretor executivo da Blue Forest, Vahid Fotuhi.
O projeto tem como objetivo cobrir uma área de 155.000 hectares (mais de 383.000 acres), ou seja, duas vezes o tamanho de Singapura, disse ele.
As árvores irão restaurar a costa degradada de Moçambique e criar cerca de 5.000 empregos florestais, acrescentou Fotuhi.
Os mangais são uma das plantas mais eficientes do mundo na captura de dióxido de carbono e as suas raízes emaranhadas estabilizam as linhas costeiras e reduzem a erosão, fornecendo também abrigo para peixes e outras criaturas.
Moçambique tem um extenso ecossistema de mangais que tem sido danificado por ciclones e inundações, bem como pelo abate de árvores e desmatamento.
Ao longo dos seus 60 anos de vida, espera-se que o projeto MozBlue remova cerca de 20,4 milhões de toneladas de CO2, contribuindo para os esforços de mitigação das alterações climáticas, disse Fotuhi.