A 54ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM) encerrou, neste domingo, com o embaixador dos Estados Unidos em Moçambique a lamentar o facto de o empresariado moçambicano continuar a desperdiçar uma boa oportunidade de exportar os seus produtos para o mercado americano sem pagar impostos, no âmbito do AGOA.
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A Embaixada americana em Maputo, promoveu, no recinto da FACIM, em Ricatla, arredores da capital moçambicana, um seminário sobre o acesso ao mercado dos Estados Unidos, durante o qual foi sublinhado o facto de Moçambique continuar a registar níveis muito baixos de exportações para o mercado norte-americano.
Presentemente, apenas um milhão dos 100 milhões de dólares de exportações moçambicanas para os Estados Unidos tiram proveito do acesso livre de impostos da Lei de Oportunidade e Crescimento de África (AGOA), que permite aceder, facilmente, ao mercado americano.
O embaixador americano em Maputo, Dean Pittman, disse que ao nível da região, Moçambique dispõe de potencialidades suficientes para garantir a competitividade de acesso ao mercado dos Estados Unidos, bastando para o efeito, implementar, na íntegra, a AGOA.
Aquele diplomata destacou que "os Estados Unidos acreditam que Moçambique, com uma indústria de exportação forte e diversificada, estará ainda melhor posicionado para aproveitar, ao máximo, os benefícios oferecidos no âmbito da AGOA".
Perante um número considerável de empresários moçambicanos, Pittman apontou algumas das principais áreas de interesse do mercado americano, nomeadamente o mercado agrícola orgânico, a indústria de ananás e a indústria pesqueira.
O empresariado moçambicano, na voz do presidente da Confederação das Actividades Económicas, Agostinho Vuma, aponta deficiências relativamente a incentivos à actividade agrícola como constrangimento ao investimento no sector.