Moçambicanas querem travar a usurpação de terras, situação que, em larga medida, atinge as que vivem no meio rural e menos privilegiadas.
Para reforçar a pressão, cerca de 100 delas estão deste, ontem, 2 de Outubro, reunidas em Chimoio, a capital de Manica, na III Conferência Nacional das Mulheres Rurais.
O lema da conferência é “Ampliando vozes, fortalecendo o movimento das mulheres rurais na defesa da terra, recursos naturais e sementes”.
Não basta ter leis sobre a igualdade de direitos entre homens e mulheres, é preciso ver a situação na prática...Rebeca Mabui, Fórum Moçambicano das Mulheres Rurais
Além da defesa da terra, elas querem ver o país a apostar na agricultura ecológica.
Rebeca Mabui, que em 2008, foi agredida pelas autoridades, por defender a agricultura ecológica e contestar a usurpação de terras, repete que não basta ter leis sobre a igualdade de direitos entre homens e mulheres, é preciso ver a situação na prática.
“A mulher é excluída da tomada de decisões sobre a posse da terra e discussão sobre os grandes projectos, mas é ela que cuida da terra, alimenta o país. (…) sem a mulher rural a cidade nem janta”, diz.
Acompanhe a entrevista com Rebeca Mabui, coordenadora do Fórum Moçambicano das Mulheres Rurais, membro do Fórum Mulher:
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