D. Paulo Mandlate, Bispo Emérito de Tete, e D. Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo, mencionaram alguns dos aspectos que marcaram, pela positiva, a vida dos moçambicanos desde que foram assinados os acordos de paz.
D. Paulo Mandlate, Bispo Emérito de Tete, e D. Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo, aos microfones da Voz da América, mencionaram alguns dos aspectos que marcaram, pela positiva, a vida dos moçambicanos desde que, a 4 de Outubro de 1992, foram assinados os acordos que puseram fim a uma guerra civil que durou 16 anos.
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Mas, para os religiosos, nem tudo vai bem, neste país do cone sul de África.
Em nota pastoral divulgada pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal de Moçambique, a propósito do vigésimo aniversário dos acordos de Roma, os Bispos Católicos do país sublinharam haver constrangimentos e ameaças à paz e à convivência democrática.
O renhido antagonismo, a falta de diálogo e de tolerância entre os dois partidos mais fortes, a Frelimo, no poder, e a Renamo, na oposição, a falta de respeito pelo próximo...Tudo isso vem mencionado na carta pastoral da Conferência Episcopal de Moçambique.
Bispos que também criticam aqueles partidos políticos que não parecem estar interessados numa verdadeira democracia e que só se preocupam com os seus próprios interesses.
O desemprego, a pobreza. Esta é outra preocupação para os prelados. Os níveis são altos, em Moçambique.
O fosso entre pobres e ricos é grande.
Os Bispos falaramm também dos mega-projectos.
Megaprojectos que trazem grandes oportunidades mas também grandes problemas.
Fazer de Moçambique uma casa para todos os moçambicanos e não um mercado para os mais espertos.
Evitar que Moçambique se torne num grande supermercado onde tudo se vende e tudo se compra.
Este o desejo da Conferência Episcopal de Moçambique.
Conferência que congrega um total de 23 bispos: 12 diocesanos, 1 auxiliar e 10 eméritos.