O antigo primeiro-ministro está arrependido por ter aceitado os conselhos do Banco Mundial para a liberalização da indústria do caju.
O antigo primeiro-ministro moçambicano, Pascoal Mocumbi, manifestou esta semana arrependimento por ter aceitado os conselhos dados pelo Banco Mundial, em 1995, para a liberalização da indústria da castanha de caju.
Em entrevista ao semanário privado Canal de Moçambique, Mocumbi considera que o seu governo foi induzido num erro que custou o encerramento de todas as fábricas de processamento do caju e o despedimento de milhares de moçambicanos.
Na entrevista, o antigo primeiro-ministro diz mesmo que o governo foi pressionado a aceitar a medida, mesmo sabendo que estava errada.
O economista agrário moçambicano, João Mosca, disse em entrevista à Voz da América em Maputo que o governo deve assumir a sua culpa no processo, porque a decisão da liberalização contou com muitos adeptos dentro do governo.
Mocumbi, que ocupou o cargo de primeiro-ministro entre 1994 a 2004, disse na entrevista, ter tomado decisões que não teria tomado se tivesse o real conhecimento do funcionamento do Banco Mundial.
Durante muitos anos, Moçambique foi um dos principais exportadores da castanha do caju, tendo chegado a ser responsável por cerca de 43% do produto que circulava no mercado global.
Em troca de ajuda financeira para o desenvolvimento pós guerra civil, o Banco Mundial aconselhou a liberalização das exportações de caju, permitindo que fosse exportado em bruto, o que provocou o encerramento das fábricas do sector, que eram as responsáveis pela maior parte da mão-de-obra no país.
João Mosca analisa a medida e diz que não era de toda errada, o que faltou foram soluções que acompanhassem o processo.
Neste momento o sector industrial está novamente a reerguer-se com base em pequenas fábricas que prometem recolocar o país nos lugares que ocupou a seguir a independência.
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Na entrevista, o antigo primeiro-ministro diz mesmo que o governo foi pressionado a aceitar a medida, mesmo sabendo que estava errada.
O economista agrário moçambicano, João Mosca, disse em entrevista à Voz da América em Maputo que o governo deve assumir a sua culpa no processo, porque a decisão da liberalização contou com muitos adeptos dentro do governo.
Mocumbi, que ocupou o cargo de primeiro-ministro entre 1994 a 2004, disse na entrevista, ter tomado decisões que não teria tomado se tivesse o real conhecimento do funcionamento do Banco Mundial.
Durante muitos anos, Moçambique foi um dos principais exportadores da castanha do caju, tendo chegado a ser responsável por cerca de 43% do produto que circulava no mercado global.
Em troca de ajuda financeira para o desenvolvimento pós guerra civil, o Banco Mundial aconselhou a liberalização das exportações de caju, permitindo que fosse exportado em bruto, o que provocou o encerramento das fábricas do sector, que eram as responsáveis pela maior parte da mão-de-obra no país.
João Mosca analisa a medida e diz que não era de toda errada, o que faltou foram soluções que acompanhassem o processo.
Neste momento o sector industrial está novamente a reerguer-se com base em pequenas fábricas que prometem recolocar o país nos lugares que ocupou a seguir a independência.