A diversificação da economia na província do Moxico, no leste de Angola, é uma “miragem” e contrasta com os discursos oficiais das autoridades.
A acusação é do representante local da UNITA, João Muzaza, para quem a província continua a ser um exemplo das assimetrias regionais em Angola não conhecendo quaisquer empreendimentos de vulto para o seu desenvolvimento económico.
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O governador provincial do Moxico, João Ernesto dos Santos "Liberdade", disse recentemente que o município fronteiriço do Luau, ligado ao “corredor do Lobito” através Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), terá novas infraestruturas como lojas, agências bancárias, oficinas modernas, hotéis, entre outros equipamentos, no âmbito da implementação das plataformas logísticas.
Para a UNITA, as declarações do governador enquadram-se no discurso eleitoral e o partido desafia o governador local a apresentar o balanço sobre como cumpriu as instruções que o Presidente da Republica deixou durante a sua última visita à região.
João Muzaza afirmou que a produção do mel, tida pelo Presidente da República como sendo um segmento que pode concorrer para a diversificação da economia na região, também não passou de uma intenção.
Entre outros recursos minerais, a província do Moxico é potencialmente rica em carvão, cobre, manganês, ferro, diamantes e ouro e pode produzir o arroz e o milho, bem como batata-doce, citrinos, girassol e madeira.
Na pecuária, Moxico é um produtor da carne bovina.