Movimento Independentista de Cabinda (MIC) denuncia e condena o que considera de tentativa de assassinato de um dos seus membros por efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) em Angola.
José Francisco Issambo, activista político do MIC, disse à VOA ter sofrido ameaças de morte numa esquadra policial, por alegadamente ter sido apanhado a mobilizar o povo para boicotar as iniciativas políticas do Governo.
Na esquadra da polícia, o activista revelou ter sido submetido a torturas psicológicas e ameaças de morte se continuar a exercer o activismo político.
José Francisco Issambo garantiu não ter cometido nenhum crime e por isso não compreende a razão da acção da polícia.
“Enquanto fui fazendo trabalho de mobilizaçao do povo, vieram agentes da polícia que me capturaram e me levaram para esquadra da polícia no Ngoma, no bairro 4 de Fevereiro , onde fui torturado psicologicamente e ameaçado de morte se continuar com a actividade politica”, explicou.
Ele acrescentou ainda ter sido mantido na esquadra até ao final da tarde, enquanto os polícias aguardavam por "orientaçoes superiores" e denunciou estar a ser perseguido pelos serviços de investigação criminal em Cabinda.
Para Carlos Vemba , presidente do MIC, "este comportamento da polícia é condenável porque põe em causa as liberdades fundamentais dos povos”.
Para o activista, estes comportamentos "são recorrentes aqui em Cabinda, não só com os elementos do MIC, mas contra todos aqueles que se opõem à actual situação do enclave".
O activista pede à comunidade internacional "a reintroduzir na agenda das Nações Unidas a questão de Cabinda, que sejam a voz mobilizadora para a questão de Cabinda, porque nós ja não queremos um banho de sangue como aconteceu em Tygray”.
Contactado pela VOA, o porta-voz da delegação provincial do Ministério do Interior prometeu pronunciar-se oportunamente sobre o assunto.