A polícia angolana está a ser acusada de ter disparado sobre uma multidão que se manifestava pacificamente, no sábado, 17, na região diamantífera do Cuango, na província da Lunda Norte, a favor da autonomia.
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O líder do chamado Movimento do Protectorado da Lunda-Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, confirmou a actuação da polícia e disse que, em consequência, há uma verdadeira “caça ao homem”, que já levou à detenção de 73 pessoas, enquanto quatro ficaram feridas com armas de fogo, uma das quais em estado grave.
Zacamutchima garante que as autoridades locais tinham sido notificadas da manifestação e acusa o Governo de falta de vontade política para ouvir as reivindicações da população lunda-tchokwe.
Por sua vez, o activista dos direitos humanos Jordão Muakambiza também deplora o uso da força por parte das autoridades para reprimir as manifestações e exige o levantamento da proibição de visitas às vítimas bem como a libertação de todos os detidos, quer se identifiquem ou não com o Movimento do Protectorado da Lunda-Tchokwe.
Entretanto, o administrador do Cuango, Guilherme Cango, admite que os incidentes podem não terem ocorrido nos moldes como são relatados, alegadamente porque houve “terceiras pessoas” como fontes, sem dar mais detalhes.
Guilherme Cango garante que irá apresentar a versão oficial do Governo sobre o sucedido a qualquer momento.