Milhares de manifestantes lotaram uma praça central de Moscovo, neste domingo, 29 de setembro, quando grupos da oposição tentaram recuperar o ritmo após um verão de reivindicações que visavam as eleições locais, mas também o sistema político amplo da Rússia.
A manifestação foi o primeiro grande esforço de grupos políticos liberais e partidos aliados desde as eleições do início deste mês, que foram catalisadoras da maior onda de manifestações antigovernamentais em quase uma década.
Em vez de eleições, o evento de Moscovo foi focado na "repressão política com os manifestantes a exigir que as autoridades interrompam uma campanha de ataques e prisões contra o activista anticorrupção Aleksei Navalny e sua rede de apoiantes em todo o país.
Eles protestavam contra as tácticas policiais duras usadas nas manifestações anteriores, bem como o que muitos moscovitas consideram duras sentenças de prisão proferidas contra os detidos pela polícia.
Intimidação da oposição
Sob chuva fria, os manifestantes passaram por detectores de metal instalados ao longo do avenida Sakharov, antes de se reunir sob guarda-chuvas e bandeiras de partidos políticos, perto de um palco onde os lideres iriam discursar.
A manifestação foi autorizada pelo gabinete do presidente da Camara de Moscovo, daí a possibilidade de menos detenções em massa pela polícia.
A organização não governamental White Counter estimou que cerca de nove mil pessoas estavam presentes no início do comício.
Em vídeo publicado on-line, Lyubov Sobol, advogado de direitos humanos e defensor de Navalny, que foi o principal organizador dos comícios de verão, acusou o governo russo de recorrer a "casos políticos" para "intimidar a oposição".