A Renamo, através do seu porta-voz, José Manteigas, lamentou a morte do autoproclamado líder da Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, afirmando ainda que o partido "apostava na via do diálogo".
Nhongo foi morto por nesta segunda-feira, 11, por volta das 7 horas em combate contra as Forças de Defesa e Segurança nas matas de Sofala onde se encontrava escondido.
Nhongo e seus homens armados, que distanciaram-se da Renamo depois da eleição de Ossufo Momade a presidente do principal partido da oposição, estavam na origem de pequenos ataques contra a população e recusaram encontros com a Renamo para tentar resolver os seus diferendos.
O secretário geral do Movimento Democrático de Moçambique, José Domingos, espera que "a morte de Mariano Nhongo possa significar a rendição de outros elementos da autoproclamada Junta Militar para que possam aderir ao processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração em curso no país.
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Enviado da ONU recorre esforço do Governo
Também o enviado pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique e presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzonni, emitiu uma declaração na qual reconhece “os consideráveis esforços do Governo no sentido de recorrer a meios pacíficos para devolver a estabilidade à zona centro de Moçambique”.
Ele reiterou que “este acontecimento não nos dissuadirá na busca pela paz, devendo servir para nos juntarmos e redireccionarmos os nossos esforços com vista a permitir que os restantes combatentes se juntem ao processo de DDR e se juntem a uma vida de paz”.
Durante dois anos, Manzoni tentou convencer Mariano Nhongo a aderir ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, mas sem sucesso.
O Governo não reagiu à morte do líder dissidente da Renamo anunciada pelo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael.